As correias em V estão dentre as correias mais comuns e mais utilizadas em todo o mundo. Sua facilidade de instalação e simplicidade de funcionamento a tornam extremamente versátil para diferentes processos. Apesar de aparentemente simples, as correias em V tem sua durabilidade e confiança baseadas em processos de construção extremamente avançados, com tecnologias de ponta. Vamos conhecer um pouco mais sobre o processo de construção das correias em V.
As Correias em V são compostas por três seções:
Capa superior: A capa superior é fabricada por compostos de borracha e fibra, protege os cordonéis da poeira e do óleo e proporciona suporte transversal. Os cordonéis são os músculos da correia. São fabricados com poliéster ou aramida (Kevlar®), dependendo da aplicação, que tem a propriedade de alongar-se, tendo a resistência necessária para suportar o impacto por choque, estiramento, flexibilidade em torno da polia e uma longa duração da correia.
Capa inferior: Proporciona suporte aos cordonéis e transfere a carga à polia. Existem duas capas, a parte que está debaixo do cordonel está com carga de fibra e a parte mais externa está composta de fibra de aramida.
Quais os diferenciais das correias Gates?
A fibra utilizada pela Gates como carga da correia é o poliéster, que se diferencia do algodão, não absorve nem atrai o óleo, que causa falta de adesão com a polia e deteriora a borracha, ocasionando falhas prematuras. A fibra de aramida utilizada é o mesmo material que se utiliza nos coletes a prova de balas. Esse material é auto lubrificante, permitindo que a correia entre e saia da polia mais rápida, suave e silenciosamente e também é muito resistente ao calor.
As ranhuras permitem menor raio de curvatura da correia, adaptandose às polias menores, devido a sua maior flexibilidade, o padrão variável das ranhuras reduz o ruído harmônico.
As três secções da correia se mantêm unidas por material adesivo. Ao redor dos cordonéis se utiliza elastômero líquido e um adesivo que durante a vulcanização flui, cobrindo os espaços vazios entre o cordonel, os tecidos e os componentes de borracha.
Correias de cordonel alto e cordonel central
A posição dos cordonéis afeta o rendimento da correia. Para explicar porque algumas correias têm o cordonel rompido no centro, veremos como se constroem: sobre um tambor são colocadas as distintas capas de material, e depois de vulcanizar, cortam-se as tiras em forma de V. No desenho pode observar que é impossível um bom aproveitamento do material com os cordonéis na parte superior, em preto vemos a quantidade de material que se rejeita.
Ao contrário, nas correias com cordonel central aproveita-se intensamente o material. Mas as correias de cordonel central não duram como as de cordonel alto, na linha alta temos 40% mais de cordonéis, porque estão localizadas na parte mais larga da correia.
Teste feitos pela Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE), tem permitido demonstrar que nossas correias de cordonel alto com capa de aramida duram quatro vezes mais que as correias de cordonel central. Mas somente o cordonel alto não é uma garantia. As correias falham irremediavelmente se são fabricadas com materiais inadequados, ou linhas de produção ineficientes, ou ao fazer os cortes os dentes das correias não se encaixam com precisão, ou o material de adesão não oferece a coesão necessária para que a correia trabalhe como uma peça única.
Na Gates fazemos testes e avaliação da nossa produção de forma contínua e não nos satisfazemos apenas com um rendimento correto, porque queremos oferecer a melhor qualidade e maior rendimento.